quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Consumo Consciente

Artigo publicado em 12/09/08 no jornal Folha do Estado de 13/09/08, no Diário de Cuiabá de 14/09/08, no site www.matogrossoonline.com.br/artigo.php?id=6950425;www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=327200&edicao=12216&anterior=1 Olhar Ditero em 16/09/08: www.olhardireto.com.br/artigoseopinioes/artigo.asp?cod=2322

“São os consumidores e não os empresários que determinam o que deve ser produzido.” (Ludwig von Mises)
Cada vez mais estão entre os bate papos e rodinhas, os temas sobre preservação, aquecimento global, reciclagem, meio ambiente, dentre outros assuntos tão “em moda”. Jornais e revistas têm estimulado reflexões sobre esses temas, e uma parcela cada vez maior da população inicia a se preocupar com a preservação do meio ambiente.

Mesmo com o aumento de reportagens, poucas matérias tocam no ponto crucial: o cidadão consumidor como responsável pela degradação e pelo aumento populacional de “degradadores”. Somos nós que ditamos o que deve ser produzido, em quais quantidades, com quais métodos e com quais embalagens.

O segredo para a preservação está baseado em dois pontos principais: educação e consumo consciente. De nada adianta criticar empresas e produtos poluidores, se consumimos desenfreadamente esses produtos.

Com o crescimento econômico de países como a Índia, China e Brasil, o planeta está recebendo milhares de pessoas que passam a fazer parte dos “poluidores”, pessoas que alcançaram um patamar de renda que as permite ir às compras e, via de regra, sair poluindo.

Habitantes do Brasil e do Mundo terão de dar uma guinada na maneira de consumir, pois, com o aumento do número de consumidores, o planeta está prestes a exaurir sua capacidade de suportar essa massa de consumidores e destruidores do planeta.

Vale frisar que somos nós que decidimos quantas pilhas, automóveis beberrões, cigarros, embalagens, garrafas pet, energia elétrica e outros produtos serão produzidos. Cada centavo gasto numa loja ou supermercado é responsável pela produção ou não de determinados bens. Somos nós, através de nossas ações, os autores de nossos destinos.

Diante desse cenário não muito animador, pequenas ações podem ser utilizadas no dia-a-dia. Na instituição que trabalho, uma pequena ação está tendo um ótimo retorno. Papéis que seriam entulhados em lixões ou aterros sanitários estão sendo vendidos para a reciclagem. Desde janeiro de 2007 foram coletadas 3,5 toneladas de papéis e, com isso, arrecadados R$ 351,00 que foram destinados a um projeto social. Fizemos com que 70 árvores fossem poupadas de corte, além de grande economia de água (na reciclagem há demanda menos quantidade de água e energia para produção de papel). Tudo isso muito simples, foi só começar.

Outras empresas e órgãos têm adotado a mesma iniciativa. Tenho conhecimento de que a mesma campanha é desenvolvida há três anos pela Justiça Federal em Mato Grosso. A renda obtida com a venda de papel e recipientes de plástico coletados pelos servidores daquele órgão é destinada à aquisição de cestas básicas para doação a programas sociais.

São dois exemplos, mas acredito que haja outros sendo desenvolvidos com o mesmo propósito. Se pequenas ações como essas começassem a brotar em empresas, condomínios e residências, todo o planeta só teria a agradecer e a nos presentear com a beleza exuberante de milhares de árvores poupadas e de riachos, rios e mares livres da poluição de suas águas.

Um comentário:

Rocke disse...

Este artigo traduz a nossa necessidade de reeducarmos. Não poupamos, desperdiçamos e não reciclamos.
Infelizmente, este artigo fica restrito a um grupo que tem a preocupação de querer poupar nossa mãe terra.
parabéns