terça-feira, 25 de agosto de 2015

Planos e programas “mirabolantes”

Quando o governo federal se mete em alguma enrascada econômica ou política, tem recorrido a algum lançamento de plano ou programa “mirabolante”. Foi assim no Fome Zero, PAC, PAC II, Minha Casa Minha Vida, redução do preço da energia elétrica, Pátria Educadora e agora o PIL - Programa de Investimento em Logística (provavelmente devo ter esquecido algum outro).

Não tenho absolutamente nada contra planos e programas governamentais, desde que realmente haja real necessidade de sua implantação, que resultem da elaboração de projetos consistentes, ocorra com elaboração de projeto consistentes, tenham boa execução e, consequentemente, sejam acompanhados de controle eficiente de cronograma e de custos.

Infelizmente, não é o que tem ocorrido ultimamente, pois quando há denúncias de corrupção, brigas políticas, manifestações populares, problemas fiscais e econômicos ou proximidade eleitoral, é lançado um slogan populista para acalmar os ânimos e desviar o foco. Parece que em meio a alguma crise, no corredor de algum gabinete do Planalto Centra é inventado o tal programa ou plano. Tudo muito “bem planejado” nos 50 ou 100 metros que separam o gabinete dos “brilhantes” criadores da sala de imprensa.

O resultado dessas “emergências” gerenciais é muita pompa e pouco resultado. Salvo raras exceções, esses planos tiveram conclusão de algo em torno de 50% do previsto e ficaram dentro do orçamento previsto. O recente lema Pátria Educadora chega a ser criminoso, pois alardeou prioridade na educação e, em seguida, se viram significativos cortes no orçamento do MEC. Não passou de estelionato promovido com dinheiro público.

A última “piada” foi o Programa de Investimento em Logística, setor que realmente é visto como prioridade para que o país tome um rumo ascendente. A piada está em lançar obras que já haviam sido propagandeadas em planos “vencidos”, e também pelo histórico do governo em atrasos e execução parcial do que foi estabelecido, e para piorar com custos altíssimos.

Infelizmente esse tipo de expediente ainda tem funcionado, pois foi dessa forma que Dilma conseguiu se reeleger, mesmo que ocorrido com uma margem apertada de votos. Para a sorte dos gestores incompetentes, uma parcela da população parece não discernir entre uma plano de marketing e um programa que realmente traga melhorias para a nação.

Os programas e planos recentes parecem ter objetivo único de fomentar a política do pão e circo, porém numa versão com pouco pão e muito circo.

Creio que um bom slogan para o governo atual seria algo como “Programa de Enganação Nacional”, pelo menos haveria mais coerência com a gestão governamental adotada até o presente momento.