sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Inflação nas alturas! O que fazer?

O IBGE divulgou a inflação de novembro/2015 e nos últimos 12 meses houve uma alta de 10,48% nos preços. Qual o impacto na economia? Qual o impacto para o cidadão? Como se defender?

Quando os aumentos de preços atingem o patamar próximo de 10% no ano, decorrem duas consequências: o cidadão começa a “sentir” esses aumentos, uma vez que as elevações nos preços ficam perceptíveis e o fenômeno torna-se “visível” não só para quem acompanha os índices divulgados. Outra consequência do aumentos de preços em torno de 10% ao ano é a formação de uma resistência difícil de romper. Isso ocorre porque a população já sente os aumentos, então “espera” aumentos futuro. Então, empresários e trabalhadores buscam aumento de seus ganhos para compensar as perdas, e isso gera um ciclo difícil de quebrar.

Com os fortes aumentos de preços, há uma perda de parâmetros. Um investidor que conseguiu rentabilidade de 9% no ano, mas que não acompanha muito a economia, poderá ter um ilusório sentimento de satisfação, pois numericamente houve crescimento do dinheiro poupado. Isso mascara a realidade, já que nesse caso houve uma perda de poder de compra de quase 1,5% no ano (rendimento menos a inflação). Se continuar nessa tocada, no decorrer do tempo o investidor estará perdendo dinheiro (poder de compra), porém sem ter a noção dessa perda.

Outro impacto da inflação alta para o cidadão é que os financiamentos tendem a ficar mais caros, visto que uma das ferramentas para debelar a inflação é aumentar a taxa de juros. Financiamentos de eletrodomésticos, automóveis e imóveis tornam-se mais caros. A alternativa é poupar para tentar comprar à vista ou mesmo dar uma entrada maior. O consórcio também se torna interessante para quem pretende programar a compra.

A receita mágica para se proteger da inflação é fazer comparações – comparar preços de produtos, comparar rentabilidades de investimentos e comparar alternativas para aquisição de bens duráveis. Já que não detemos o poder de controle da inflação, só nos resta pesquisar e buscar o que há de melhor no mercado, valorizando assim cada real de seu patrimônio.