sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Fábula da Cavalhada

Artigo publicado em 20/02/2010 no jornal Folha do Estado, em 18/03/2010 no Diário de Cuiabá.

Era uma vez um longínquo e tórrido vilarejo chamado Cuyabah, localizado em algum lugar do mundo medieval. O povoado era incrustado entre as pouco conhecidas chapadas centrais e lá foi definido pelo rei que no ano de 1014 seria disputada uma etapa do campeonato do esporte mais popular da época - a cavalhada.

O vilarejo receberia as melhores equipes da Europa, África, Ásia e Oriente Médio (As Américas ainda não haviam sidas descobertas), além de diversos reis e membros das cortes de todo o mundo.

Para que a competição ocorresse a contento, havia a necessidade de diversas obras. Deveriam ser construídos palacetes para abrigar os nobres, hospedarias para receber os valentes cavaleiros, novas pontes, campos para treinamentos, mais estábulos, tabernas, enfim, deveriam acontecer melhorias por toda área.

Para que tudo se desenvolvesse a contento, o rei local nomeou 7 duques e condes para organizar a operação de melhoria do simpático vilarejo. Como era de costume na época, não foram destacados os mais sábios, nem os mais competentes, mas sim os amigos mais próximos do rei, escolhidos por sua fidelidade aos propósitos da realeza.

Um evento dessa magnitude exigiu do rei a sábia decisão de aumentar os impostos pagos pelo povo e de convocar todos os plebeus para a tarefa de trabalhar nas diversas obras. E lá se foram anos de trabalho árduo, pelo menos para os cidadãos sem nobreza, que tinham que suar sob o sol escaldante para que as benfeitorias pudessem ser admiradas pelos futuros visitantes.

Quanto à realização do evento, não cabe a esta fábula esmiuçar detalhes. No final, a camada mais baixa da população pode se orgulhar de receber outros reinados e de se divertir com a agitação local, mesmo que não pudesse, pela sua condição social, participar de tão magnífica celebração. Os senhores feudais também se divertiram e puderam ampliar suas riquezas e passaram bons dias de alegria. Mas os que mais sorriram foram os 7 nobres, nomeados pelo rei, e seus amigos. Esses sim, tiveram um final mais do que feliz. Puderam alcançar pujança, reconhecimento e riqueza jamais imaginados, beneficiando-se da transferência do peso tributário e da carga de trabalho para os demais moradores do vilarejo.

Como em toda fábula, no final há sempre a moral da história que, no caso relatado, poderia ser a seguinte: No reino da cavalhada, nada como ser amigo do rei.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Campanha de doação de sangue



Com intuito de auxiliar a manter os estoques de sangue em níveis seguros, a CDL promove mais uma edição da campanha de doação de Sangue Olga Haddad.
Seja um doador, seja um divulgador!!!