quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Aceita Cheque?

Artigo escrito em julho de 2008

Na virada de 2007 para 2008 tivemos uma mudança nas regras do setor financeiro. O governo não conseguiu reeditar a CPMF e, para não perder a famigerada sanha de arrecadar impostos, aumentou a alíquota de IOF. Com isso, de um dia para outro as operações de crédito por cartão, financiamentos bancários, cheques especiais e financeiras tornaram-se mais onerosos.

Nesse novo cenário, o cheque pré-datado ganhou musculatura e tornou-se a mais barata forma de se financiar uma compra.

A edição 921 da conceituada revista Exame (02/07/08) relata que o cheque (pré-datado ou especial) é a 3ª opção de consumidores de baixa renda[1] na obtenção de crédito, justamente a fatia de consumidores que mais cresce no país. Essa modalidade perde apenas para o crediário de loja e para o empréstimo bancário (em 4º lugar ficam os cartões de crédito e em 5º, as financeiras).

Mesmo diante desse quadro, ainda há alguns estabelecimentos comerciais que não aceitam cheque em qualquer hipótese. Essa recusa em vender no cheque, por vezes se deve ao receio de o consumidor não honrar os compromissos assumidos.

Critérios corretos na aceitação de cheque (consulta ao SPC, solicitação de documento, não aceitação de cheque de terceiros etc.) e uma boa análise de crédito nos casos dos cheques pré-datados, tornam os riscos irrisórios. A não aceitação de cheque é simplesmente a recusa ao atendimento de uma importante fatia de consumidores.

Nos casos do cheque pré-datado, o baixo custo para o consumidor e a pouca burocracia, pela facilidade de consulta aos serviços de informação, são um grande aliado na fidelização e uma certeza da satisfação do cliente.

[1] Fonte: Consultoria Roland Berger, Exame 921 pg. 112. Pesquisa para consumidores com renda de três a seis salários mínimos.

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