quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Privatizar não é palavrão

Artigo publicado em 11/09/07 no site www.matogrossoonline.com.br www.olhardireto.com.br

Argumentos contra a privatização tais como “soberania nacional”, “vender a alma para o capital externo”, “segurança nacional” e outras tantas frases das antigas cartilhas da esquerda nada mais são do que falta de argumentos palpáveis sobre o assunto.

Criticar a privatização da Vale do Rio Doce é não conhecer ou querer distorcer as verdades. Vamos aos fatos: na época o país era um gastador contumaz (mais que hoje), não havia dinheiro para investimentos necessários para a empresa se manter atualizada, os balanços da empresa sempre eram tingidos de vermelho, ou seja, dinheiro que poderia ser utilizado para saúde ou educação era tragado para cobrir rombos. Com esses fatos, só os mais radicais ou sonhadores seriam contra a privatização.

Quanto ao preço pago, é um absurdo querer comparar o que a empresa vale hoje com a sucata que era no passado. Deve-se mensurar que a empresa era deficitária e que houve necessidade de altos investimentos para torná-la produtiva. O preço pago foi o justo na época, já que em leilões é sempre o valor mais alto que arremata o bem leiloado. Se não houve quem pagasse mais, era porque o país ainda estava num processo de estabilização econômica, e isso afugentava grandes investidores, além dos problemas da empresa já citados. Eu me lembro dos enormes esforços do governo FHC para que houvesse grande número de grupos participando dos leilões, com isso decorria a possibilidade de alcançar valores maiores.

É válido também mencionar a privatização do sistema de telefonia, quem se lembra de uma linha telefônica custar mais de 2.000 dólares? Quem se lembra das quedas constantes de energia na época de CEMAT estatal? Alguém pode mensurar os benefícios para a população em ter produtos e serviços de qualidade com preços justos?

Algum apaixonado pelo elefantismo do governo, poderia citar a Petrobrás como um exemplo de empresa pública. A “Petrossauro” atua praticamente num monopólio, onde o próprio governo dita as regras em benefício próprio. A Petrobrás atua num setor que atualmente têm altos preços ditados pelo cenário externo (cartel, conflitos nos grandes produtores e crescente escassez do produto). Assim é fácil obter lucros, gostaria de ver “nossa” estatal competir caso houvesse possibilidade de importação de combustível (abertura real do mercado).

Em economia não existem mágicas, para haver justiça social tem que haver crescimento econômico, isso se traduz em eficiência dos setores públicos e privados. Infelizmente os críticos e sonhadores ainda preferem ficar criticando empresários, investidores, capital, e outros ditos “monstros” da esquerda cenozóica.

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