terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Orçamento Pessoal - Como começar?

Recentemente fui convidado para, mais uma vez, falar sobre assuntos que adoro: felicidade, tranquilidade e dinheiro.


Fui entrevistado para dar dicas de como fazer um orçamento pessoal saudável. É o que pretendo abordar neste texto. Porém, antes de passar alguns conselhos, seguem ponderações necessárias ao tema.


Fazer orçamento é lidar com escolhas e, portanto, elencar prioridades. O que realmente é importante para você? O que lhe propicia crescimento e satisfação? Afinal, nossa renda é finita, já os desejos de compras… normalmente são sempre crescentes e muito acima de nossa capacidade financeira.


Pessoas em situações financeiras difíceis, normalmente creditam essas dificuldades ao fato de ganhar pouco ou, então, a situações não previstas, tais como: desemprego, problemas de saúde, geladeira que estragou, etc. Porém, a realidade é que as situações adversas são causadas por escolhas passadas erradas, pois a vida laboral de uma pessoa é em torno de 35 anos e durante todo esse período será muito pouco provável que nesses 12.780 dias não ocorra nenhuma desses ou outros eventos adversos não previstos. Estar preparado e antever essas possibilidades depende de um bom planejamento, que preveja a manutenção de reserva financeira para essas emergências.


Outra observação se refere às famílias que não têm folga no orçamento e, em decorrência desse fato, qualquer aumento de preço de energia (ou qualquer outro gasto adicional) já complicará o fechamento das contas no 0X0.


Em conversas, observo que algumas pessoas têm uma “programação mental” que as leva a sentir a necessidade de gastar toda a renda, e consideram que dinheiro poupado e investido seria algo jogado fora e não traria prazer imediato. Quando poupamos e investimos, deixamos de consumir no presente para poder consumir mais no futuro, tendo os juros como nossos aliados para multiplicar o suor de nossos esforços, aumentando o poder de consumo.


Feita as observações, agora sim: dicas para iniciar um planejamento e ajustes no orçamento:
-Anotar todos os gastos. Esse é o ponto de partida, sem isso não será possível identificar a real situação e nem onde poderão ocorrer ajustes;
-Agora é execução: ver onde estão indo os maiores gastos e, também, onde podem ser cortados, sem que prejudique sua qualidade de vida (fazer escolhas, lembrando que a renda é finita);
-Se possível faça essa tarefa com todos os familiares, dessa forma será mais eficaz e evitará “cabos de guerra”. Estabeleça as prioridades em consenso, bem como onde poderá haver cortes. Fazendo dessa forma, será uma excelente oportunidade para que os filhos comecem a entender a importância de gerenciar o orçamento familiar.

Imagino que alguns tenham achado fáceis e óbvias as dicas. Só tenho a concordar e recomendar o início de uma vida financeira mais tranquila e prazerosa.

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